só tentava esquecer aquele vida, o marasmo
procurando encontrar saídas em qualquer lugar
até em um cover bizarro do seu amigo mais louco
soprando flores em qualquer espaço de tempo
sentindo que só um dia não bastava
todas as horas são necessárias pra se sentir no clima
não importa mais quanto tarde, quão louco for
a estabilidade não me pertence, assumo
voando nas entrelinhas de um verso qualquer
de um poemo sujo, velho ou novo
surgindo em novas poças de metro
torcendo por uma chuva escoar meus restos em um bueiro
tão alto como um elevador no 49 º
tão baixo como o inferno dos mortais
chupando minhas peças ridiculas pra dentro
sugando o que é importante pra fora
pra mostrar que sou melhor que você
pra mostrar que não sou mais que ninguém
pra parecer um sonho que não sonhei
pra me enganar de qualquer coisa que parecia ser
mais não passo de tóxico, humano